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Cafeicultura

Estudo pioneiro revela potencial e diversidade dos grãos de café

por Rosimeri Ronquetti

em 27/05/2025 às 5h00

3 min de leitura

Estudo pioneiro revela potencial e diversidade dos grãos de café

Café colhido em Nova Venécia para pesquisa. Foto: divulgação.

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Afinal, quais substâncias químicas e em quais quantidades consumimos ao tomar um bom café? Uma pesquisa inédita no mundo, desenvolvida por pesquisadores brasileiros, investigou a caracterização do Coffea canephora em busca dessas respostas.

O estudo analisou o perfil bioativo de grãos, cascas e folhas de 42 genótipos de café conilon, com foco especial nos grãos, demonstrando o potencial e as diferenças entre os genótipos, além da diversidade de compostos presentes na espécie.

Foram identificados altos e baixos teores de cafeína, trigonelina, além de elevados teores de ácidos clorogênicos e outras particularidades.

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Realizado em parceria entre a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Campus São Mateus, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o artigo científico com os resultados foi publicado no início de 2025 na Revista Plans, periódico internacional de grande impacto no meio científico mundial.

O trabalho surgiu da curiosidade do pesquisador e professor da Ufes, Fábio Partelli, acerca do potencial da diversidade dos grãos de canephora. “Percebemos, visualmente, as diferenças entre os frutos, que não são iguais, e pensei que também deveria haver grandes variações na composição química”, explica.

Pesquisador e professor da Ufes, Fábio Partelli. Foto: divulgação

Acostumado a estudar as plantas de conilon, Partelli iniciou sua pesquisa sobre a variabilidade genética de 42 clones em 2015. Sem expertise prévia na área química, estabeleceu uma parceria com a doutora em ciências de alimentos e pesquisadora internacional, professora Adriana Farah, referência mundial em café, para realizar o estudo da composição química dos genótipos.

O material coletado de três safras seguidas compôs o banco de dados para minha tese de doutorado na UFRJ e revelou o potencial e a grande diversidade química do café conilon”, afirma o pesquisador.

Mas, na prática, para que serve essa pesquisa?

Partelli explica que “a partir de estudos científicos de caracterização que evidenciam essa diversidade, é possível cultivar clones direcionados para determinadas características químicas, por exemplo, alto ou baixo teor de cafeína, ou cafés que rendem mais no processo industrial, para a produção de café solúvel. Ou seja, a pesquisa contribui para o aproveitamento máximo das plantas de café, promovendo sustentabilidade e retorno financeiro para o agricultor e para o país produtor”.

A conclusão do artigo aponta que “considerando as tendências atuais e o aquecimento global, o café conilon surge como uma alternativa promissora para o futuro da cafeicultura, especialmente quando combinado com os métodos de pós-colheita existentes e em constante evolução”.

O estudo foi realizado com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e da Fundação de Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).

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