! function(f, b, e, v, n, t, s) { if (f.fbq) return; n = f.fbq = function() { n.callMethod ? n.callMethod.apply(n, arguments) : n.queue.push(arguments) }; if (!f._fbq) f._fbq = n; n.push = n; n.loaded = !0; n.version = '2.0'; n.queue = []; t = b.createElement(e); t.async = !0; t.src = v; s = b.getElementsByTagName(e)[0]; s.parentNode.insertBefore(t, s) }(window, document, 'script', 'https://connect.facebook.net/en_US/fbevents.js'); fbq('init', '790317022061580'); fbq('track', 'PageView');
pube

Renata Erler

Colunista Conexão Safra.

MAIS CONTEÚDOS
Colunistas

Pecuária: a atividade do agro que expulsará 50% dos seus produtores

por Renata Erler

em 01/03/2021 às 16h52

3 min de leitura

Siga nosso Instagram: @conexaosafra

Pesquisadores que integram o Centro de Inteligência da Carne Bovina da Embrapa Gado de Corte (Cicarne) realizaram um estudo publicado em 2020 no
qual concluíram que, até 2040, metade dos pecuaristas devem deixar a atividade por não se adaptarem às mudanças e tecnologias necessárias para que o negócio seja rentável.

Ainda segundo esse mesmo estudo, as grandes tendências são a melhor gestão do negócio, a digitalização e a intensificação produtiva para que seja alcançado um potencial de incremento de 23% da produção nos próximos oito
anos, além da busca por soluções sustentáveis que transformarão toda a cadeia produtiva, desde a indústria de insumos até à carne na prateleira do supermercado.

pube

Na realidade, para entender o cenário de desistência da atividade, nos próximos 20
anos devemos ler o ado e reconhecer que todo o sistema de rentabilidade da pecuária ou por uma transformação.

Na década de 1980, por exemplo, era muito difícil exigir um nível de produtividade (e até desnecessário), já que o custo de adubar um hectare era o mesmo que comprar três hectares do vizinho, enquanto que para cada boi gordo vendido o pecuarista conseguia comprar cinco bezerros, por causa do deságio no preço da arroba do bezerro, sendo positivo para o pecuarista, e estes dois fatores levavam à uma margem de 50% de lucro na atividade sem a necessidade de grandes investimentos ou muito menos conhecimento técnico.

Hoje a realidade é muito diferente. Terras muito valorizadas e ágio na relação entre boi gordo e bezerros, aliados ao alto custo de produção, levaram
obviamente ao profissionalismo na forma de conduzir o negócio valorizando como essenciais os ajustes finos e técnicos para que o produtor se mantenha na atividade, onde o cerne principal no cálculo da rentabilidade deixou de ser ocupação de novas áreas e ou a ser o aumento de produtividade nas áreas que já possui, o que exige tecnologia, profissionais, planejamento e gestão.

E não existe qualquer demérito na pecuária anterior, qual seja, a que era rentável mesmo diante do amadorismo dos seus atores por simples desnecessidade de algo a mais, onde desempenhavam uma atividade profissional sem conhecimento técnico avançado do assunto, e mesmo assim, se sustentavam e progrediam.

Mas devemos ser realistas, e partindo do princípio que analisar o ado é base obrigatória para enxergarmos o presente e enfrentarmos o futuro, a pesquisa apenas confirma e avisa que o caminho da profissionalização é sem retorno e cada dia mais será necessária a presença de pessoas especialistas na atividade assistindo os pecuaristas que desejam ser os que arão da peneira do amadorismo e chegarão em 2040 com uma pecuária rentável, profissional e sustentável em suas propriedades.

Clique aqui e receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro do que acontece no agronegócio!